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Felicidade

Otimismo x Pessimismo: É melhor ver o copo meio cheio ou meio vazio?

  • Postado por Helder Kamei
  • Data fevereiro 19, 2014

Na Revista Época (Edição Especial) desta semana, saiu uma matéria sobre pessimismo chamada “O poder do copo meio vazio”. E eu fui convidado para dar uma entrevista.

Calma, pessoal, quero deixar claro que:

1)  Não, não tive um surto psicótico (pelo menos por enquanto).
2)  Não, não virei a casaca.
3)  Não, não fui para o lado negro da força, caro Skywalker.

A matéria está baseada em um livro recém-publicado chamado Manual Antiautoajuda e eu fui entrevistado justamente para contrapor o pensamento do autor, que defende a ideia de que o pessimismo é mais útil que o otimismo. Infelizmente falei muito na entrevista e no fim a jornalista só colocou uma frase, que nem era a principal mensagem que eu queria passar. Mas FELIZMENTE eu tenho um blog (uhuuu!) e posso postar aqui tudo aquilo que eu falei e que não entrou na matéria!

Inicialmente, algumas considerações:

1)  O autor deste livro não é psicólogo nem cientista, é jornalista.
2)  Suas ideias contrariam CENTENAS de pesquisas COMPROVANDO CIENTIFICAMENTE que o otimismo é benéfico para a saúde física, mental, social e melhora a desempenho no trabalho. Além disso, otimistas tem maior expectativa de vida, ou seja, vivem mais!

Agora um esclarecimento importante:

A Psicologia Positiva NÃO é a doutrina do pensamento positivo! Muita gente confunde, mas a Psicologia Positiva é uma Ciência, portanto nada tem a ver com a literatura de AUTOAJUDA. Assim, quando o autor critica o movimento de autoajuda, ele não está criticando a Psicologia Positiva.

Ficou confuso?

Explico melhor: a Psicologia Positiva é um campo científico dentro da Psicologia, que estuda a felicidade e o bem-estar, os sentimentos positivos (como alegria, gratidão e esperança), os traços positivos (como otimismo, autoconfiança, resiliência) e as forças e virtudes do caráter (como coragem, sabedoria e transcendência).

Mas ela defende o pensamento positivo ou negativo?

1)  Em primeiro lugar, a Psicologia Positiva não fala de pensamento positivo. Nunca li nada relacionado a isso. O que ela estuda, sim, são os traços psicológicos positivos, como por exemplo o otimismo e a resiliência.

2)  Como cientistas, os pesquisadores da Psicologia Positiva não defendem nada, eles simplesmente pesquisam. Pesquisam para saber se quem é mais otimista é mais feliz, se quem é mais otimista tem melhor saúde, se quem é mais otimista vive mais, se vendedores otimistas vendem mais, se candidatos otimistas vencem mais eleições, se crianças otimistas aprendem melhor… E a resposta é SIM para todas essas perguntas. Há inúmeras pesquisas científicas comprovando tudo isso.

O otimismo sempre é melhor que o pessimismo?

Não, mas na maioria das vezes sim. Há algumas exceções onde o pessimismo é mais eficiente. Por exemplo, advogados geralmente precisam ler detalhadamente os processos e encontrar todos os problemas possíveis. Técnicos de segurança no trabalho precisam pensar em todas as possibilidades em que algo possa dar errado e causar um acidente. O médico que trabalha comigo me disse que, ao fazer um diagnóstico, precisa pensar sempre nas piores possibilidades e pedir exames para ir descartando essas possibilidades. Por outro lado, em profissões que exijam iniciativa, assertividade, ousadia, criatividade, empreendedorismo e persistência, o otimismo é fundamental. Imagine um vendedor que fala com seus clientes achando o tempo todo que eles não vão comprar. Imagine um empreendedor que não acredita que seus projetos irão dar certo. Imagine se Walt Disney fosse pessimista e não visualizasse sonhos extraordinários. E se Steve Jobs não acreditasse ser possível pensar diferente, desafiar o status quo, distorcer a realidade e transformar o mundo?

O Importante é a ação positiva!

O que importa não é o que você pensa, mas sim o que você vai fazer com o que você pensa. Na minha opinião, o importante não é se o pensamento é positivo, mas sim se a ação é positiva! E por ação positiva entendo como a ação que manifesta virtudes e forças do caráter. Essa concepção se baseia na definição de Aristóteles: “Felicidade é atividade da alma em conformidade com a virtude”. Destaco aqui duas palavras: atividade e virtude. Se o pensamento considerado “positivo” levar à passividade, então a ação não é positiva. Por exemplo: Pense em uma pessoa que acha que as coisas vão dar certo por si mesmas, e por isso não faz nada para realizá-las. O pensamento “positivo” está levando a uma ação negativa, que é a passividade, a conformidade, a comodidade ou até mesmo a preguiça. Para a Psicologia Positiva, esse pensamento não é positivo, porque a ação é negativa. Agora pense em uma pessoa que teme que algo vá dar errado e por isso começa a se esforçar próativamente para que dê certo. Nesse caso, o pensamento “negativo” leva a uma ação positiva, manifestando virtudes como engajamento, esforço, determinação e perseverança. Por isso, a Psicologia Positiva entende este pensamento como positivo, porque levou a uma ação positiva e virtuosa.

Pessimismo tem cura?

Pessimismo não tem cura, porque não é doença… rsrs. Mas pode te levar à depressão, prejudicar relacionamento e até o desempenho no trabalho. Felizmente existem técnicas desenvolvidas pela Psicologia Positiva para aumentar o Otimismo, e assim melhorar seu bem-estar, saúde, qualidade de relacionamentos e satisfação no trabalho. Utilizo essas técnicas na Psicoterapia Positiva e no Coaching.

Minha mensagem final!

Então, qual é a conclusão? É melhor ver o copo meio cheio ou meio vazio?

Minha resposta é: Não importa como você vê o copo, o importante é o que você vai fazer com isso. O importante não é se o pensamento é positivo ou negativo, mas sim se a ação é positiva e virtuosa!

Um grande abraço a todos!

Helder Kamei

Tag:ação positiva, comportamento organizacional, Felicidade, forças e virtudes, otimismo, pensamento positivo, pessimismo, Psicologia Positiva, Psicoterapia Positiva, saúde

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Helder Kamei

Fundador do Instituto FLOW Psicologia Positiva, Coaching e Liderança e presidente da Associação de Psicologia Positiva da América Latina (APPAL). Psicólogo, Mestre em Psicologia (USP) e especialista em Psicologia Positiva pela University of Pennsylvania.

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